A cultura gótica (chamada de Dark no início dos anos oitenta apenas no Brasil) é uma cultura que teve início no Reino Unido durante o final da década de 1970 e início da década de 1980, derivado também do gênero pós-punk. A subcultura gótica abrange um estilo de vida, estando ela associada diretamente a musica Darkwave/Gothic Rock, Pós Punk, Ethereal Wave,
a estética (visual, moda e vestuário) com maquiagem e penteados
alternativos (cabelos desfiados, desarrumados e desgrenhados) e uma
certa bagagem filosófica e literária. A música se volta para temas que
glamorizam a decadência, o niilismo, o hedonismo e o lado sombrio. A estética sombria se traduz na combinação de vestuário, desde death rock, punk, renascentista e moda vitoriana essencialmente baseados no Preto, em algumas vezes com adições lilas, roxo, carmesim.
Ao longo da história, o termo Gótico foi usado como adjetivo ou
classificação de diversas manifestações artísticas, estéticas e
comportamentais. Dessa maneira, podemos ter uma noção da diversidade de
significados que esta palavra traz em si.
Originalmente, Gótico deriva-se de Godos, povo germânico considerado
bárbaro que diluiu-se aproximadamente no ano 700 d.C.. Como metáfora, o
termo foi usado pela primeira vez no início da Renascença, para designar
pejorativamente a tendência arquitetônica, criada pela Igreja Católica,
da baixa Idade Média e, por conseqüência, toda produção artística deste
período. Assim, a arquitetura foi classificada como gótica,
referindo-se ao seu estilo "bárbaro", se comparado às tendências
românicas da época.
No século XVIII, como reação ao Iluminismo, surge o Romantismo que
idealiza uma Idade Média, que na verdade nunca existiu. Nesse período o
termo Gótico passa a designar uma parcela da literatura romântica. Como a
Idade Média também é conhecida como "Idade das Trevas", o termo é
aplicado como sinônimo de medieval, sombrio, macabro e por vezes,
sobrenatural. As expressões Gothic Novel e Gothic Literature são
utilizadas para designar este sub-gênero romântico, que trazia enredos
sobrenaturais ambientados em cenários sombrios como castelos em ruínas e
cemitérios. Assim, o termo Gothicism, de origem inglesa, é associado ao
conjunto de obras da literatura gótica. Posteriormente, influenciado
pela Literatura Gótica, surge o ultra-romantismo, um subgênero do
romantismo que tem o tédio, a morbidez e a dramaticidade como algumas
características mais significativas.
No final da década de 70 surge a subcultura gótica influenciada por
várias correntes artísticas, como o Expressionismo, o Decadentismo, a
Cultura de Cabaré e Beatnick. Seus adeptos foram primeiramente chamados
de Darks, aqui no Brasil, e curtiam bandas como Joy Division, Bauhaus,
The Sisters of Mercy, entre tantas outras. Atualmente, a subcultura
gótica permanece em atividade e em constante renovação cultural, que não
se baseia apenas na música e no comportamento, mas em inúmeras outras
expressões artísticas.
Nos meados da década de 90, viu-se emergir uma corrente cultural
caracterizada por alguns elementos comportamentais comuns ao romantismo
do século XVIII, como a melancolia e o obscurantismo, por exemplo. Na
ausência de uma classificação mais precisa, esta corrente foi denominada
Cultura Obscura. Porém, de forma ampla e talvez até equivocada, o termo
Goticismo também é usado para denominá-la.
Há algumas semelhanças entre Cultura Obscura e Subcultura Gótica. Mas
há também diferenças essenciais que as tornam distintas. Por exemplo, a
Cultura Obscura caracteriza-se por valores individuais e não possui
raízes históricas concretas como a subcultura gótica.
Entre os apreciadores da Cultura Obscura, é possível determinar
alguns itens comuns, como a valorização e contemplação das diversas
manifestações artísticas. Além de uma perspectiva poética e subjetiva
sobre a própria existência; uma visão positiva sobre solidão, melancolia
e tristeza; introspecção, medievalismo, entre outros.
Fonte: wikipédia
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